quarta-feira, 23 de novembro de 2011

XI MOSTRA DE TEATRO ITAPEVI

Começou no dia 18/11/2011 a XI Mostra de Teatro Itapevi, com um público aproximado de 250 pessoas por apresentação.

Já foram apresentadas 3 peças

18/11 - Dupla Personalidade - Comédia
            Texto Michael Josh
             Dir. Nicholas Richard

19/11 - O Pagador de Promessas - Drama
             Texto:  Dias Gomes
             Dir. Pamela Pinheiro

20/11 - O Feiticeiro e a Ninfa do Bosque Windsôr - Infantil
            Texto Silvia Elias
            Dir. Talita Admertides

Segue abaixo o cronograma dos outros espetáculos
  
Qui – 24/11 – Branca de neve
                      Texto: Carlos Góes
                      Direção: Daniel Bernardes
                      Gênero: Infantil  /   Classificação: Livre 

Sex – 25/11 –Aquele que diz sim, aquele que diz não
                       Texto: Bertold Brecht
                       Direção: Daniel Bernardes
                       Gênero: Drama  /  Classificação: 12 anos 
                          
                      “Os Inventariantes”
                       Texto: Walter Paiva
                       Direção: Nicholas Richard
                       Gênero: Drama /  Classificação: 12 anos

Sáb  – 26/11 –Prometeu
                         Texto: Ésquilo
                         Direção: Hélton Lima
                         Gênero: Tragédia Grega  /   Classificação: 10 anos 

Dom  – 27/11 – “O pequeno Príncipe
                          Texto: Antoine de Saint-Exupéry
                          Direção: Janaína Alves
                          Gênero: Infantil  /   Classificação: Livre 

Qua  – 07/12 –Quero a Lua
                         Texto: Tatiana Belinky
                         Direção: Janaína Alves
                         Gênero: Infantil  /   Classificação: Livre 

Qui  – 08/12 –O fantástico mistério de feiurinha
                        Texto: Pedro Bandeira
                        Direção: Pamela Pinheiro
                        Gênero: Infanto-juvenil  /   Classificação: Livre 

Sex – 09/12 –A fada que tinha ideias
                        Texto: Fernanda Lopes de Almeida
                        Direção: Talita Admertides
                        Gênero: Infantil  /   Classificação: Livre 


Sáb  – 10/12 –Lisístrata
                        Texto: Aristófanes
                        Direção: Hélton Lima
                        Gênero: Comédia  /   Classificação: 12 anos 

Dom  – 11/12 – “O bem amado
                          Texto: Dias Gomes
                          Direção: Hélton Lima
                          Gênero: Comédia  /   Classificação: 10 anos 



Os Espetáculos acontecem no Espaço Cultural 930º, sempre às 19h30 com Entrada Franca

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dança: a mais antiga das artes criadas pelo homem.

“A vida e a dança são dádivas de Deus, cabe a cada um saber conduzi-las...”
(Maria Padilha)
Origem:
     Desde a antiguidade, a humanidade já tinha na expressão corporal, por meio da dança uma forma de se comunicar. Podemos encontrar influências culturais dos países onde são dançados e de onde são originários os ritmos.
     Em tempos remotos o sentido da dança tinha um carácter místico, pois era muito difundida em ritos religiosos e raramente era dançada em festas comemorativas, apenas após o Renascimento Cultural nos séculos XV e XVI a dança começou a ter sentido social, era dançada pela nobreza em festas, como entretenimento e recreação.
     Nas pinturas das cavernas pré-históricas, podemos ver a tentativa dos primeiros artistas de mostrar o homem primitivo dançando instintivamente, usando seus movimentos e gestos para agradar vitórias, celebrar alguma festa, enfim, o homem dançava em cada manifestação de vida.
     A dança, como arte de divertir, surgiu com o teatro grego que incluía o canto e a pantomima nos seus espetáculos dançados, sendo que os gregos foram os primeiros a usar a dança e os gestos para explicar as partes complicadas da história contada. Os antigos romanos combinavam música e dança com acrobacias e números de circo para ilustrar fábulas populares.
     Não só na Grécia e em Roma, mas também no Egito antigo a dança foi desde muito cedo a maneira de celebrar os deuses, de divertir o povo e a partir desse ritual se desenvolveram os elementos básicos para a arte teatral atual.
     Os vários estilos ou modalidades de dança que conhecemos hoje são o desenvolvimento e a transformação dessa dança primitiva, que baseava-se no instinto, para uma dança formada de passos diferentes, de ligações, de gestos, de figuras previamente elaborados para um ou mais participantes. 


Curiosidade:
     Na Índia, alguns historiados afirmam, que a dança se deu juntamente com o teatro por meio de uma escritura chamadaNatya ShastraNatya é a junção de drama (Atuação), música e dança, Shastra quer dizer escritura.
     É dito que o Natya Shastra foi composto pelo próprio Deus Brahma, o senhor da criação, e que para sua composição foram extraídos textos dos quatro Vedas. Por tal motivo, o Natya Shastra também é chamado de Natya Veda, já que Brahma incorporou todas as artes cênicas que havia nos Vedas. Do Soma Veda ele retirou a música, do Rig Veda a poesia e a prosa, do Yajur Veda o gestual e a maquiagem e finalmente do Atharva Veda a representação dramática. Originalmente a dança era apresentada dentro dos templos em uma sala especialmente construída e chamada de Natyamandapa, era executada por mulheres chamadas de “Devadasis”, sendo que Deva significa Deus e dasi significa serva, portanto, a dança era considerada como uma oferenda aos deuses, assim como a comida, as flores etc. 


Em Itapevi:
     A Cia. de Dança do Município de Itapevi, começou com um projeto social, vinculado à Secretaria de Assistência Social e Cidadania, que era realizado no Cemip (Hoje atual Escola de Música). Com as vitórias conquistadas pelos alunos nos festivais de dança e às apresentações desenvolvidas no município, houve grande procura no curso de ballet e jazz.
     A Prefeita Drª Ruth Banholzer e o Vice-Prefeito Jaci Tadeu, tiveram a iniciativa de criar uma sede própria para os alunos. Para tanto, a Cia. de Dança foi fundada em 19 de maio de 2007 e desde então os alunos são presenteados com uma estrutura específica para o desenvolvimento do curso de Ballet.
     Hoje a escola conta com uma grande equipe de profissionais, tendo em torno de 1200 alunos, realiza diversos eventos durante o ano, como por exemplo o Festival de Final de Ano e o concurso de Miss Primavera, além de participar de diversos festivais em outros municípios, conquistando vários prêmios. Neste sábado, alunos da Cia. de Dança participarão da fase regional do Mapa Cultural Paulista em Diadema na grande São Paulo.
     As conquistas da Cia. de Dança são de suma importância para o município, já colecionam 30 primeiro lugar, 12 segundo lugar e 6 terceiro lugar. Este ano conquistou títulos de expressiva importância no Estado de são Paulo, tais como:

Abril - XVI – Festival de Dança de Barra Bonita 
  • 1º  lugar na modalidade Jazz
    Coreografia: Marabá Raqs
    Coreógrafo: Lau Silva
  • 2º lugar na modalidade Ballet de repertório
    Coreografia: Suíte de Dom Quixote
    Coreógrafo: Marius Petipá
    Adaptação: Weverton Aguiar 
Maio –  Petit Pass - Osasco
  • 1º lugar na modalidade Jazz
    Coreografia: Marabá Raqs
    Coreógrafo: Lau Silva
  • 1º lugar na modalidade Street Jazz
    Coreografia: BOPE tropa de Elite
    Coreógrafa: Flavia Pires
  • 3º lugar na modalidade ballet de repertório
    Coreografia: Suíte de Dom Quixote
    Coreógrafo: Marius Petipá
    Adaptação: Weverton Aguiar 
Junho – VII  Festival Cidade de Santos  
  • 1º lugar modalidade Jazz – coreografia Marabá Raqs – coreógrafo: Lau Silva
  • 2º lugar na modalidade ballet de repertório Suíte de Dom Quixote – coreógrafo: Marius Petipá – adaptação: Weverton Aguiar
Prof. Especialista Hélton Lima

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

ORAÇÃO PELO TEATRO

Por Prof. Daniel Bernardes

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma (Coríntios, 6:12) 
Dança, música, teatro, desenho, pintura, escultura, arquitetura, e tudo mais... ou até um pandeiro são coisas sagradas... Entregamos, não, as nossas vidas pela arte, mas as nossas vidas e as nossas artes por um ato louco de Amor. Dentro de nossos limites, imitamos a Deus, imitamos a criação, recriando o próprio ser: “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo” (Coríntios 11:1). O que se chama de arte nas 'coisas' não é um simples enviesamento de um olhar, louco de paixão. Quem ama dá a vida.

Te- atro -> Te (assim como no prefixo de TEologia)= Deus; -atro = átrio, terreno, lugar.

O lugar que confere a Deus é também o de Sua presença em Espírito, por isso não devemos ter dúvida de que a origem da própria palavra Teatro, e também dessa forma de manifestar a comunicação e a linguagem humana, seja Deus em inúmeras culturas. O Teatro sempre esteve presente no contexto das representações litúrgicas, das quais as escavações em Knossos dão testemunho, remetendo ao século XIX a.C. Sei que ainda não temos o conhecimento necessário da nossa História e nem de nós mesmos, mas ao persistir e insistirmos no Teatro, acabamos profetizando altares: “E disto farás incenso, um perfume segundo a arte do perfumista, temperado, puro e santo” (Êxodo 30:35). Sim, santo, separado da rotina habitual, do cotidiano, algo extraordinário e eventual.
Muitos ficam com a questão: Por que quero fazer Teatro, por que estou aqui?
Imitar não somente quando somos pequenos e ainda não sabemos a falar 'mamãe'... Imitar para criar porque imitamos Quem já criou. À imagem e semelhança da Criação, imitamos para parecer ser. Imitamos a Origem de tudo.

“O Teatro é uma forma de expressão” (depoimento colhido por alunos iniciantes de Teatro na FUNCA-Pirituba-Vila Clarice).
Para conhecer alguém, ande junto com essa pessoa. Para saber melhor de algo, vá aos princípios (e da origem acompanhe as transformações). Qual a primeira expressão? Sem dúvida, é nascer. Talvez expressemos algo quando damos algumas pancadas na barriga da nossa mãe, mas isso só ela percebeu ou só alguns. Quando nascemos nos encontramos com o mundão aqui fora e com os outros de fato. Depois abrimos um berreiro, defecamos, urinamos, depois falamos... E tudo isso é expressar. Expressamos ações e todas elas imitam a primeira, que é nascer. A fala nasce da boca, o gesto nasce do corpo, as ideias, tudo nasce... E imitamos isso.
Imitamos o movimento criador. Imitamos para aprender criar. Imitamos para aprender qualquer coisa, pois nós imitamos, na verdade, o expressar, o se comunicar do nosso nascimento.
Teatro: “lugar da onde se vê”.
Mas criar, no entanto, não é só por no mundo, não é mesmo? É acompanhar as transformações. É saber no que vai dar aquilo que a gente falou, o que a gente fez e, também, todas as nossas ações, nossos gestos, nossas vidas. E, por isso, existe o Teatro. Pra gente ver tudo isso acontecendo. E é por isso, também, que é usual no Teatro a ação ter um propósito, ter um fim, uma finalidade, porque queremos saber no que vai dar. Ver por inteiro, estar por completo.
Imitação da Vida.
Teatro é o meio de comunicação que utilizamos dia a dia. É a linguagem mais simples, pois que até o analfabeto faz Cena, e a criança faz. E é engraçado como o nome ´Jeová´ e a palavra ‘ator” querem dizer a mesma coisa: ”aquele que pode tornar-se em qualquer coisa que for de Seu agrado” (E. Rotherdam).
Dar a vida.
A poesia nasce no nascimento e expressa (põe para fora) a vida nova. 'Poesis' para criar o novo, é verdadeiramente a única forma de se comunicar. Também poucos originais sabem disso.
Envolver para desenvolver.
Qualquer um terá fácil controle de suas expressões através de muito esforço e treino. Essa é a força geradora dos movimentos urgentes e vitais, o empenho. É sempre um conflito que chama a nossa atenção, que é o lugar do palco, a zona de interesse pelo suspense, pela tensão - e por isso ele é suspenso, percebemos melhor o que se destaca.
Teatro é foco. Teatro é luz.
Na verdade, na verdade, o que queremos ver são soluções, conflitos resolvidos, quais as resoluções. Temos uma busca desenfreada por finalidades (porque tudo que nasce tem um fim, que determina seu ciclo natural). A gente não vê aonde a nossa própria vida vai dar, porque morre, mas somos capazes de dar sentido para a vida de um outro se chegarmos ao seu fim. Além de criarmos sentidos provisórios e propositais para nós mesmos durante a toda vida.
Falei demais... me desculpem, vocês merecem ser vistos, ouvidos e visitados... me chamem, irei com prazer.


Abraços. Bravo!
Daniel.


Amém e amem (muito o que fazem).

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sinopse: VIÚVA, PORÉM HONESTA


Dia 18 (Domingo) – Viúva, porém honesta

Vista como uma vingança e um desabafo de Nelson Rodrigues contra médicos, psicanalistas, jornalistas e especialmente contra a crítica teatral, a farsa mostra um dono de jornal sem escrúpulos que, para discutir o problema da filha Ivonete (Janaína Alves), promove uma reunião com um médico, um psicanalista, uma cafetina e até o diabo (Talita Admertides). De esposa adúltera, Ivonete se torna uma viúva respeitosa que não quer mais sentar depois da morte do marido, Dorothy Dalton (Pablo Mazzucco), delinquente juvenil transformado em crítico de teatro e obrigado a se casar com a filha do patrão, apesar de ser homossexual.

Ficha Técnica

Direção: Hélton Lima
Gênero: Farsa irresponsável
Classificação: 12 anos

Elenco:
Hélton Lima (Dr. J.B.)
Raphael Andrade (Pardal e Padre)
Edy Oliver (Dr. Sanatório)
Pamela Pinheiro (Dra. Lupicínia)
Eduardo Poeta (Dr. Lambreta)
Pablo Mazzucco (Dorothy Dalton)
Talita Admertides (Diabo da Fonseca)
Janaína Alves (Ivonete Guimarães)
Camila Cavalcanti (Madame Cri Cri)
Paloma Kerolayne (Tia Assembléia)

Cenário: Ângelo Tavares e Victor Marim
Operação de Sonoplastia: Nicholas Richard
Operação de Iluminação: Júnior Lúkard
Figurinos: O Grupo

Sinopse: SENHORA DOS AFOGADOS


Dia 17 (Sábado) – Senhora dos afogados


Sinopse: Um dos mais trágicos textos da dramaturgia nacional, caminha pelos abismos psíquicos e sociais de uma tradicional família brasileira. Consequências profundas são causadas pelas obsessões de seus membros: filha, mãe, pai, irmão, um misterioso marinheiro e os alucinados coros de vizinhos e prostitutas. Na beira do mar, acompanhamos o percurso da mulher que tem como ambição ser filha única e mulher de seu pai, tendo como desfecho uma amarga impotência.

Ficha Técnica:

Direção: Hélton Lima
Assistência de Direção: Nicholas Richard
Gênero: Tragédia
Classificação: 12 anos

Elenco:
Hélton Lima (Misael)
Talita Admertides (D. Eduarda)
Michael Josh (Vizinho)
Pamela Pinheiro (Vizinho)
Eduardo Poeta (Vizinho)
Micheli Campos (Avó)
Dario Cachigian (Noivo)
Janaína Alves (Moema)
Raphael Andrade (Paulo)
Paloma Kerolayne (Dona)
Karina Braga (Mulher do Cais)
Micheli Campos (Mulher do Cais)
Aline Fernanda (Mulher do Cais)

Cenário: Ângelo Tavares e Victor Marim
Operação de Sonoplastia: Nicholas Richard
Operação de Iluminação: Júnior Lúkard
Gravação de trilha sonora: Estudio Jota Hemerson
Figurinos: Michael Josh
Costureira: Neta





sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sinopses - SETE GATINHO e VESTIDO DE NOIVA


Dia 11(Domingo) – Cena 1 do primeiro quadro da peça: Sete Gatinhos (15 minutos)
Gênero: Tragicomédia
Sinopse: Quadro 1. Cena 1. Bibelot encontra Aurora pela segunda vez no ponto de ônibus. O casal se deseja, mas quem se entregará primeiro? ... e por quanto?


Ficha Técnica
Direção:
Daniel Bernardes


Elenco:
Nicholas Richard (Bibelot)
Isabela Mazzucco (Aurora)

Dia 11 (domingo) – VESTIDO DE NOIVA
Gênero: Tragédia
Classificação: 12 anos

Sinopse: Uma mulher, sua irmã, um homem, um diário, três amores e uma cafetina. No hospital, após ser atropelada, a bela Alaíde (Tatila Porto) começa a lembrar sua vida desde que leu o diário da cafetina Madame Clessi (Aline Luiza), ao mudar-se para a casa que fora, há 37 anos, um bordel. Em um clima de alucinação e memória, Alaíde se encontra com a mítica cafetina a quem conta tudo o que se passou após a morte e rememora as horas antes do atropelamento, quando ela descobre o plano de sua irmã e seu marido para matá-la e após sua morte casarem-se.

Ficha Técnica:


Direção:
Hélton Lima

Elenco:
Tátila Porto (Alaíde)
Pamela Pinheiro (Lúcia e 3ª Mulher)
Pablo Mazzucco (Pedro)
Aline Luiza (Madame Clessi)
Eduardo Poeta (Redator e Homem Inatual)
Maria das Graças (Mulher Inatual 1)
Karina Braga (Mulher Inatual e 2ª Mulher)
Jonatha Miranda (Namorado e Assassino de Madame Clessi)
João Henrique (Gastão)
Stefani Souza (D. Lígia e 1º Médico)
Paloma Kerolayne (1ª Mulher e D. Laura)
Ana Cleide (5ª Mulher e mãe do namorado) 
Nicholas Richard (2º Médico)
Cleidiane de Jesus (4ª Mulher)

Equipe Técnica:
Cenário: Victor Marim e Ângelo Tavares
Iluminação: Willyn Marxs
Sonoplastia: Hélton Lima e Talita Admertides
Gravações: Estúdio Jota Hemerson

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Sinopse VALSA Nº6

Dia 10 (Sábado) – Valsa nº 6
Gênero: Drama
Classificação: 12 anos

   Um monólogo que tem como personagem a solitária Sônia (Janaína Alves), uma menina que, enquanto executa a valsa nº6 de Chopin é assassinada aos 15 anos apunhalada pelas costas. Mesmo morta, a adolescente tenta, durante um período de sobreexistência espiritual, montar o quebra cabeças de suas memórias e reconstruir os acontecimentos de sua vida. Valsa nº 6 traz aos palcos uma busca inconsciente sobre a verdadeira identidade e realidade de cada um de nós, o que somos, na visão de Sônia, além de roupas e sapatos? Esta é a pergunta que mais atormenta a personagem.

Ficha técnica:
Direção: Talita Admertides.

Elenco:
Janaína  Alves (Sônia)

Objetos Cenográficos:
Victor Marim e Ângelo Tavares

Iluminação:
Willyn Marxs

Sonoplastia:
Júlio Cesar Ferreira de Souza (Profº  da Escola de Música de Itapevi)


terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sinopse - A MULHER SEM PECADO

Dia 09 (sexta-feira) – A MULHER SEM PECADO
Direção: Janaína Alves
Gênero: Drama
Classificação: 12 anos

Sinopse: Primeira peça de Nelson Rodrigues, escrita em 1941, já trazia os valores dramáticos, temáticos e poéticos, que consagrariam o autor como o grande renovador do teatro brasileiro. A mulher sem pecado narra as aflições de Olegário, homem que sente um ciúme doentio por sua mulher, a jovem e bela Lídia. Ele dá dinheiro extra a seus empregados, para que eles investiguem a vida, o passado e todos os passos de sua esposa. Mas as investidas de Olegário acabam tendo um efeito contrário.

Ficha técnica: 
Direção: Janaína Alves

Elenco: 
Aline Fernanda (Lídia)
Michael Josh (Olegário)
Denis Araujo (Umberto)
Paulina Silva (Inézia)
Pamela Pinheiro (D. Marcia)
Cleber Monteiro (Maurício)
Lucas Rodrigues (Joel)
Paloma Kerolayne (D. Aninha)
Beatriz Silverio (Lídia aos 10 anos)

Equipe Técnica:
Cenário: Victor Marim e Ângelo Tavares
Iluminação: Willyn Marxs
Sonoplastia: Janaína Alves

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Programação Festival Nelson Rodrigues


Dia 09 (sexta-feira) – A MULHER SEM PECADO
                                    Direção: Janaína Alves
                                    Gênero: Drama
                                    Classificação: 12 anos

Dia 10 (Sábado) – VALSA Nº6
                               Direção: Talita Admertides
                               Gênero: Drama
                               Classificação: 12 anos

Dia 11 (domingo) – VESTIDO DE NOIVA
                                 Direção: Hélton Lima
                                 Gênero: Tragédia
                                 Classificação: 12 anos

Dia 11(Domingo) – Cena 1 do primeiro quadro da peça: SETE GATINHOS (15 minutos)
                                 Direção: Daniel Bernardes
                                 Gênero: Tragicomédia

Dia 17 (Sábado) – SENHORA DOS AFOGADOS
                              Direção: Hélton Lima
                              Gênero: Tragédia
                              Classificação: 12 anos

Dia 18 (Domingo) – VIÚVA PORÉM HONESTA
                                  Direção: Hélton Lima
                                  Gênero: Farsa irresponsável
                                  Classificação: 12 anos



Festival de Teatro Nelson Rodrigues


A dramaturgia renovadora de Nelson Rodrigues
"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico." (Nelson Rodrigues)
Para Aristóteles a arte não imita coisas, ideias ou conceitos. Ela mostra como a natureza trabalha e assim faz através da construção de suas próprias criações, daí seu poder transfigurador.
Esse poder transfigurador está nas obras de um grande gênio da dramaturgia brasileira. Nelson Falcão Rodrigues (Recife, 23 de agosto de 1912 – Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 1980), foi um importante dramaturgo, jornalista e escritor. O mais revolucionário personagem do teatro brasileiro, precursor da moderna dramaturgia no país. Considerado, ao mesmo tempo, um imoral e um moralista, reacionário e pornográfico, um gênio e um charlatão.
Escreveu 17 peças, centenas de contos e nove romances. Suas peças escandalizaram o público e a imprensa da época, explorando incestos, crimes, suicídios, personagens beirando a loucura, agindo com paixão e desejo, diálogos rápidos, carregados de tragédia e humor.
Sua primeira peça foi A mulher sem pecado (1941), sem muito sucesso. Pouco tempo depois, quando lançou a peça Vestido de Noiva (1943), montado pelo grupo Os comediantes, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e dirigido por Zbigniew Ziembinski, Nelson Rodrigues renovou o teatro brasileiro, obtendo um estrondoso sucesso de público e de crítica, tornando-se o criador de um estilo particular e inédito. Vestido de Noiva é considerada até hoje como o marco inicial do moderno teatro brasileiro.
Nelson Rodrigues teve muitas de suas peças interditadas pela censura, passou a ser sinônimo de obsceno e tarado e ficou conhecido como autor maldito, no entanto, seu valor dramático foi em pouco tempo reconhecido por grande parte dos diretores, atores e críticos da época.
O crítico Sábato Magaldi agrupou as obras de Nelson Rodrigues de acordo com suas características, dividindo-as em três grupos, tais como:

Ø  Peças Psicológicas: A mulher sem pecado (1941); Vestido de noiva (1943); Valsa nº6 (1951); Viúva, porém honesta (1957); Anti-Nélson Rodrigues (1973);
Ø  Peças Míticas: Álbum de família (1945); Anjo negro (1947); Senhora dos Afogados (1947); Doroteia (1949);
Ø  Tragédias Cariocas I: A falecida (1953); Perdoa-me por me traíres (1957); Os sete gatinhos (1958); Boca de ouro (1959);
Ø  Tragédias Cariocas II: O beijo no asfalto (1960); Bonitinha, mas ordinária ou Otto Lara Rezende (1962); Toda nudez será castigada (1965); A serpente (1978);
Em Itapevi, a Escola Municipal de Teatro, por meio do Departamento de Cultura da Prefeitura, está preparando o FESTIVAL NELSON RODRIGUES, que acontecerá nos dias 09, 10, 11, 17 e 18 de Setembro, no Espaço Cultural 930º, ás 19h30. A população poderá assistir, GRATUITAMENTE, a cinco peças do autor, entre elas A mulher sem pecado (sua primeira obra) e Vestido de noiva. O evento comemora os 99 anos que o autor completaria no dia 23 de agosto de 2011.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A necessidade da arte


A NECESSIDADE DA ARTE
Prof. Especialista Hélton Lima
“A poesia é indispensável. Se eu ao menos soubesse pra quê...” Com este encantador e paradoxal epigrama. Jean Cocteau resumiu ao mesmo tempo a necessidade da arte e o seu discutível papel no atual mundo burguês. Ernest Fischer (2007, p.11)
É com essa citação que inicio nosso primeiro contato, já que precisamos inicialmente definir o que é a arte em contexto geral.
A arte é o meio indispensável para a união do indivíduo com o todo; reflete a infinita capacidade humana para a associação, para a circulação de experiências e ideias. É também uma forma de trabalho, sendo o trabalho uma atividade característica do homem, que por sua vez transforma a natureza.
O homem busca por meio da arte uma fuga de suas aflições uma saída de suas limitações. Anseia por uma transformação, pela busca da plenitude (deixar de ser apenas um indivíduo), pois anseia ser completo, apoderando-se do mundo, das experiências alheias, que poderiam ser dele.
A arte não é apenas uma representação, e para conseguir ser um artista é necessário dominar, controlar e transformar a experiência em memória, a memória em expressão, a matéria em forma.
Quando assistimos a um espetáculo, os laços da vida são desfeitos, visto que a arte cativa de modo diferente da realidade, o que constitui a natureza do divertimento, de um prazer que temos até assistindo uma obra trágica.
A respeito desse prazer, BERTOLD BRECHT disse:
Nosso teatro precisa estimular a avidez da inteligência e instruir o povo no prazer de mudar a realidade. Nossas platéias precisam não apenas saber que prometeu foi libertado, mas também precisam familiarizar-se com o prazer de libertá-lo. Nosso público precisa aprender a sentir no teatro toda a satisfação e alegria experimentadas pelo inventor e pelo descobridor, todo o triunfo vivido pelo libertador.
A arte é elemento de forças transformadoras. É verdade que sua função essencial para uma classe transformadora não é a de fazer mágica, mas sim a de esclarecer e incitar a ação, no entanto, não podemos descartar a existência de um fragmento mágico inerente à arte, já que sem esse fragmento de natureza original a arte deixa de ser arte em todas as suas formas.  A arte é necessária para que o homem possa conhecer e mudar o mundo.
Em Itapevi essa arte está cada vez mais expressiva. Grandes movimentos em prol de uma transformação cultural estão acontecendo no município. A prefeitura por meio do Departamento de Cultura promove diversos cursos na área, alguns deles são a dança, a música e o teatro, atendendo cerca de 2000 jovens.
A Escola Municipal de Teatro, que existe desde 2005, atende cerca de 350 jovens no curso de formação do ator, que tem a duração de 2 anos, divididos em 4 módulos, onde os alunos passam por diferentes experiências em aulas práticas e teóricas, desenvolvendo trabalhos de estudo e encenações. Prova dessa transformação foi a 10ª Mostra de Teatro, que aconteceu de 01 a 16 de Julho, com 13 peças todas representadas pelos alunos e dirigidas pelos professores da escola, tendo sempre um grande público prestigiando, cerca de 1500 pessoas por mostra.
Além da mostra também acontecem diversas encenações durante o semestre, tanto de grupos da cidade como de convidados de outros municípios, como por exemplo, a Cia Loucos do Tarô de São Paulo, responsáveis pelo programa “Click Cênico” que é exibido ao vivo todas as sextas das 19:00h às 20:00h na Webtv: www.biosegredotv.com.br,  que apresentou as peças “Lisbela e o prisioneiro” e “Sonho”, ambas em junho deste ano. Ao saber do trabalho que é desenvolvido na Escola de Teatro de Itapevi, a Cia. Loucos do Tarô me convidou para dar uma entrevista no programa Click Cênico no dia 22 de Julho, para saber mais sobre nossa escola, o que divulgou o movimento teatral existente em Itapevi.
A Cia. de dança de Itapevi é sempre assistida por uma média de 1000 pessoas que saem transformadas e tocadas pelo espetáculo representado pelos premiados dançarinos da escola. As encenações tem sido constantes, e o público sempre presente, não podemos mais dizer que somos uma cidade carente de obras artísticas.
Poderia eu, caro leitor, começar este parágrafo dizendo quem sou, já que isso justifica o que estou dizendo, sem precisar omitir ou aumentar quaisquer aspectos sobre minha pessoa, portanto, sou a “pessoa” Hélton Lima, ator, encenador, dramaturgo e acima de tudo professor (título que mais me orgulho), fiz o curso de formação do ator no Teatro Escola Macunaíma, me formei em Letras pelo Instituto de Ensino Superior de Cotia, me especializei em Artes Cênicas pela Faculdade Paulista de Artes, além de outras oficinas. Sou morador de Itapevi e desde 2003 trabalho com teatro na cidade, sendo de 2003 à 2005 voluntário no Clube de Mães Jardim Rainha e Bela Vista, com um grupo de 30 jovens. A partir de 2005 passei a fazer parte da grande equipe de profissionais do Departamento de Cultura de Itapevi como professor da Escola Municipal de Teatro (nessa época Casa das Artes), de 2009 à 2011 Coordenador da Escola, tendo escrito peças, estudos e dirigido diversos espetáculos. Posso dizer com segurança que somos uma grande equipe de profissionais qualificados que trabalham pela transformação do mundo.
Mas onde está a significação de tudo isso? E a arte de que falamos a pouco? Fica nítido que a bagagem de que somos feitos não é de relevância absoluta, tão pouco de propriedade imutável, podemos evoluir ou regredir.
Podemos em muitos momentos nos perguntar: Quem somos?
A resposta nem sempre será satisfatória, no entanto, isso não tem importância, já que o importante é que somos acima de tudo e principalmente, emissores de uma arte que existe em nós.