DIA 28/06 às 19h
Local: Espaço Cultural 930º
Sinopse
Entre as
quatro paredes, Garcin, um jornalista pacifista, que pretendia ser herói,
mantinha um disfarce e procurava esconder o seu crime. Sua maior agonia era a
possibilidade das duas companheiras, no inferno hipotético, descobrirem a sua
fraqueza ou covardia que naquela situação não podia ser alterada. Mulherengo,
péssimo marido, insensível aos sentimentos da esposa, precisava dos olhos de
Inês, outra protagonista, para se desculpar.
Inês, uma funcionária dos correios, com atitudes
hostis, cujo ódio e a crueldade lhe nutrem, é a única entre os protagonistas
que admite a culpa. Reconhece estar no inferno e mostra o seu caráter,
admitindo a situação que se encontram. Adere ao fato e tenta tirar proveito
dele. Tinha uma reflexão interior profunda e consciência clara do papel a
ocupar.
A burguesa Estelle, cujo casamento foi realizado com um homem mais velho, por
interesse financeiro, esconde o seu crime e tenta convencer Garcin e Inês que
havia um engano em mantê-la no inferno. Fútil, superficial e desorientada,
necessitava dos olhos do jornalista, Garcin, para manter-se desejada vez que os
valores superficiais a impedia de enxergar na forma mais adequada e
consciente. Há ainda a figura curiosa e insensível do Criado, que guia os
novos "hospedes" aos seus aposentos. Juntos são enclausurados em
uma sala sem janelas ou espelhos e condenados à uma vida sem interrupção.
Entre quatro paredes é um questionamento da condição humana, suas crenças e
ações. É o que questiona o ponto em que o outro deixa de ser importante e passa
a ser negligente e repugnante e claramente nos mostra a linha tênue que existe
entre o ato bom e o ato mau dos seres humanos.

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